domingo, 23 de dezembro de 2007

Dia 2 no Mundo

Ontem cheguei a casa derreado pela emoção, e lá acabei por adormecer no sofá. Não me lembro de ter sonhado, mas se tal aconteceu certamente sonhei com a minha Xica querida.
Tenho de confessar que chegar a casa e encontrá-la vazia, depois de um dia como o de ontem, depois de tudo o que aconteceu, deixou-me um pouco entristecido. Por mim, mãe e filha vinham já comigo. Mas enfim...

Esta manhã encontrei as minhas marias bem despertas e a recuperar bem. É bom sinal.
A Catarina, depois de ter dormido sem interrupções das 03h00 às 08h00, havia tomado o seu primeiro banho (e gostou), e estava toda fresquinha na sua vestimenta de trabalho para o dia. A Cristina, apesar de ainda estar um pouco dorida, já ia recuperando a sua boa disposição. Apenas fiquei um pouco preocupado quando ela comentou um pequeno ruído que acompanhava a respiração da Xica: estaria já constipadita?

Entretanto, a minha piolhinha queria era mamar! E se não estava ao peito da mãe, fazia birra, a vampira! Para dar algum descanso à Cristina, optámos, um pouco a contragosto, pela opção chupeta. Lá teve que ser... Não obstante, por vezes choramingava: deve estar também com algumas cólicas, o que não deve ser nada agradável.
Finalmente, pelas 12h30, a Xica lá adormeceu, o que até calhou em boa hora, pois o almoço estava a ser servido e a mãe pôde papar em paz, enquanto eu a vigiava no berço.
Na cama ao lado, ao bébé só lhe apetecia dormir e não queria saber do leite para nada, nem de peito nem de biberão. Apareceu o pediatra, que falou em novos exames; coitadito...

Depois do meu almoço, lá fomos apreciando o soninho calmo da Xica; estava tão ferrada que até dava gosto. Se as noites cá em casa fossem assim, seria uma maravilha. Mas pronto, o melhor é não começar com lirismos...
Entretanto, o bébé da cama ao lado é levado para mais colheitas de sangue. Tão pequenino e já picado a ver se lhe chegam à veia... Do quarto podíamos ouvir o choro dele.

Nisto, aparecem as primeiras visitas: as minhas tias Gorete e Isilda, e o meu Tio Moniz. Para grande "desgosto" delas, a Xica insiste em não acordar, para lhe verem os olhos. Andou ao colo de uma e de outra, falaram com ela, despiram-na, voltaram a vesti-la... e nada. O pai, em pequeno, também era assim; podia passar um combóio ao pé de mim, que eu não acordava por nada.

Como seria de esperar, qual Lei de Murphy, eles foram embora e, pouco depois, a Xica despertou. E já se estava a ver o que é que ela queria: maminha! Glutona...
Nisto, apareceu a enfermeira e o pediatra, que levaram o bébé do lado para a UCIN, onde teria de ficar durante a noite, para tratamento de uma infecção. Para a mãe e para a família ali presente, deve ser muito aflitivo não o poderem ter de boa saúde e junto de si. Até a mim me custou um pouco tudo aquilo.
Enquanto eu esperava fora do quarto, a Cristina falou com a enfermeira e... boas notícias! Em princípio, ela e a Xica já poderão vir para casa amanhã! Que bom! Esperemos que corra tudo bem e que elas possam, de facto, sair de lá amanhã.

Já ao fim da tarde, mais visitas: o meu primo Pepi, a minha irmã e... o Avô Chico, que vinha conhecer a sua primeira netinha (convém aqui revelar que o "Francisca" de Catarina Francisca é em honra do meu Pai; se tivesse sido um menino, ter-se-ia chamado Francisco (o nome do Avô) José (o nome do Bisavô e do Pai), mas enfim, como nos saiu uma menina na rifa, ficou Catarina (o nome da Tia) Francisca...). Foi pena não lhe ter querido pegar, por falta de jeito; havia de ter sido engraçado ver o meu Pai a retroceder uns anitos no tempo, eheheheheheh. Foi pena também a minha Mãe não ter ido, certamente por recear a grande carga emotiva de ver a neta ao vivo e a cores pela primeira vez. A minha kota é sempre muito emotiva, e de certeza que ia largar a sua lágrimazita, o que é perfeitamente compreensível. Mas calma que ela não se escapa...
Apareceu também a minha Tia Leandra, que se derreteu por completo com a Xica. Ora, e aqui entre nós, quem é que não se derrete com aquele docinho?

Mas tudo o que é bom chega a um fim, e lá tivemos de sair para deixar mãe e filha a descansar. Só que desta vez, deixá-las e voltar para a minha casa vazia já não custou tanto, pois tenho a certeza que daqui a algumas horas já cá estarão comigo.

E cá estão os "bonecos do dia". Divirtam-se.

Quem é linda, quem é? Espertalhona e matulona...

Como cantava o artista, "com um brilhozinho nos olhos..."

No berço, mas por pouco tempo

A minha sócia nesta joint-venture

Não é um berço de ouro, mas é muito prático; agradou-me a adopção e uso deste modelo no Hospital

Cá estou eu, com a minha menina nos braços; sem comentários...

E pronto! Já cá faltava a chucha...

Caviar, santola e lagosta... só faltou o vinho verde bem fresquinho...

Tão serena... com que estará ela a sonhar?

Tias babadas... Ou diria antes tias-avós babadas?

Apesar das festinhas e das tentativas das tias para fazê-la acordar, continuou a dormir como se não fosse nada com ela...

Um imperativo incontornável nestas fases: a mudança da fraldinha

A Tia/madrinha Catarina e o primo Pepi, sempre em cima do acontecimento

A Casquinha não a larga nem por nada... Se não me ponho a pau, ainda me leva a piolhinha para a Metrópole como assessora

A Tia Leandra, já a "avesar" a Xica com miminhos

E cá está o Avô Chico com o seu sorriso de orelha a orelha, ao lado da netinha pronta para a sua nova tarefa: ajudante do Pai Natal

Olhem só para o ar babado da Tia Catarina

Três gerações da família Santos: só sorrisos!


E amanhã é outro dia... ainda melhor do que este. Tudo aguarda pela nova habitante desta casa.
Depois digo-vos como foi.
Papi

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