quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

SMSL

Tenho notado que, pelo menos uma a duas noites por semana, a minha piolhinha porta-se bem. Não tem dias marcados, é quando lhe apetece. Esta noite foi uma delas.
Confesso que chego a espantar-me e até a sentir-me apreensivo quando ela não faz tanta birra. De facto, tanto eu como a Cristina ficamos sempre de sobreaviso, num estado de alerta que roça o medo de que aconteça algo à nossa princesinha durante o seu sono.

Diz o povo que nenhum pai deve sobreviver ao filho. E certamente não haverá dor tão difícil de suportar ou que se compare à perda de um filho, ainda para mais de tão tenra idade. Apesar de tentarmos não pensar nisso, é um receio que nos aflige.
Por isso, temos todos os cuidados com a Xica, em especial por causa do Síndroma de Morte Súbita do Lactente (SMSL), uma das causas mais frequentes de morte no primeiro ano de vida nos países desenvolvidos: o bébé morre de forma súbita e inesperada, sem explicação da causa, mesmo após uma investigação minuciosa do ocorrido.
É um fenómeno que tem vindo a preocupar os especialistas, que parecem ainda desconhecer a verdadeira causa do problema. No entanto, há certos cuidados que, quando devidamente observados, podem prevenir a morte súbita:
- colocar o bébé de costas para dormir;
- não fumar durante a gravidez, nem depois (e isto aplica-se não só à mãe, mas igualmente ao pai e às pessoas dos contactos mais próximos);
- destapar a cabeça do bébé para dormir;
- não colocar o bébé na cama de adultos para dormir;
- não adormecer com o bébé no sofá;
- não aquecer demasiado o bébé;
- quando o bébé estiver acordado, variar as suas posições.

São medidas muito simples, mas que devem ser seguidas por forma a prevenir o SMSL. É que, para este problema, nunca é demais prevenir... pois não há qualquer forma de o remediar.

A pequena Mari Luz Cortès continua desaparecida e a polícia espanhola ainda não dispõe de qualquer dado sobre o seu paradeiro, não obstante os esforços para encontrá-la. É uma situação deveras angustiante e que nos deixa a pensar que nenhuma criança está a salvo de um destino semelhante, um destino que, infelizmente, já afectou muitas famílias. Demasiadas.


Papi

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